Polícia Civil elucida caso envolvendo ameaças de suposto “massacre” no Colégio Estadual São Tiago em Farroupilha

O delegado da Polícia Civil de Farroupilha, Éderson Bilhan disse na manhã desta terça-feira, 19, que a ameaça de atentado no Colégio Estadual São Tiago, não passa de uma brincadeira de mau gosto, cometidos por adolescentes que já foram identificados. O caso chegou à Polícia após registro da ocorrência por parte da direção da escola. Conforme Bilhan, desde a semana passada ele e sua equipe ao tomarem conhecimento sobre uma suspeita de atentado na instituição de ensino iniciaram uma investigação. Após diversas diligências investigativas, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Farroupilha, elucida o caso do suposto “massacre” no Colégio São Tiago.

Desde a última quarta-feira, 13, a direção manteve contato com a Delegacia anunciando que circulava boatos em grupos de aplicativos de alunos sobre uma ameaça escrita na porta do Banheiro com o seguinte teor: “Massacre 15/04”. Durante a apuração dos fatos foram realizadas diligências tanto na Escola São Tiago (buscas em salas de aula, com apoio da Brigada Militar), quanto em duas residências dos principais suspeitos, medida esta acompanhada pelos responsáveis legais dos adolescentes, que autorizaram as buscas domiciliares. Durante essas buscas foram apreendidos: um simulácro de arma de fogo (em uma das residências) e diversos objetos utilizados comummente para o tráfico (embalagens de plásticos) na outra; e dois telefones celulares.

Após essas medidas, foi identificado o adolescente (aluno da escola) que deu origem aos escritos. Trata-se de um adolescente de 16 anos, residente em Farroupilha e estudante do colégio. A investigação aponta que o adolescente realizou na porta de um dos banheiros da escola a seguinte escrita: “Massacre 15/04”, na sequência fotografou e mostrou para alguns colegas, e logo após, apagou a escrita com água. O adolescente realizou tal conduta porque visualizou um vídeo a esse respeito na rede social “Tik Tok”, o qual faz alusão a ameaças de “massacre em escolas”. Segundo o próprio adolescente, a intenção era fazer apenas uma “brincadeira”. Portanto, reputa-se que o caso está elucidado. O adolescente identificado está sendo investigado por esse caso em procedimento investigativo próprio.

A diretora da escola, Daniela Girelli Gracelli disse que a partir do desfecho da situação as aulas voltam a normalidade na próxima semana, já que muitos alunos não compareceram esta semana devido aos fatos. Ela relata que nesses dias criou-se um ambiente de tensão e preocupação na escola, uma vez que esse tipo de episódio nunca havia acontecido. Daniela conta que a escola é alvo frequente de arrombamentos, talvez esse tenha sido um motivo também de preocupação, apesar que logo se percebeu que não havia possibilidade de ligação entre um caso e outro.

O comandante do 36º Batalhão da Polícia Militar (36º BPM) Tenente-Coronel Luiz Fernando Becker, disse que a Brigada Militar iniciou no sábado o patrulhamento na escola e intensificou na segunda-feira, 18, com o policiamento nas imediações e nas dependências da escola. Nesse período foram feitas abordagens e orientações nas proximidades.

Foto: Gleici Trois