Dom José Gislon reúne imprensa para falar do Dia Mundial das Comunicações Sociais
Na tarde desta sexta-feira, 27, o bispo da Diocese de Caxias do Sul, Dom José Gislon, reuniu a imprensa no Santuário de Caravaggio para uma coletiva sobre o Dia Mundial das Comunicações Sociais. O religioso destacou que a proposta instituída pelo papa Francisco “Escutar com o ouvido do coração”, surge a partir de uma realidade em que se vive uma série de situações de desencontro, informações distorcidas e manipulações de informações. Por isso, segundo ele, é um dia especial para refletir como comunidades de fé, o papel dos comunicadores cristãos de levar a mensagem do Evangelho, contribuir para que a sociedade possa através das notícias que recebe, fazer uma caminhada como povo de Deus. O Dia Mundial das Comunicações Sociais é comemorado anualmente no dia 31 de maio.
Ele recordou que quando o papa Pio XI instituiu a Rádio Vaticano foi um grande salto, em um período em o mundo havia saído da primeira guerra mundial e já se preparava para a segunda guerra. “Era um período de muita manipulação das informações por parte dos governos a partir de suas ideologias”, lembrou. Nesta época a igreja pensou em criar uma rádio que pudesse dar informações independente das ideologias, a Rádio Vaticano foi por muito tempo um ponto onde as pessoas podiam expressar a dor e se fazer ouvir diante da situação em que viviam por causa da guerra. “Foi um veículo que se preocupou em buscar informações sobre os desaparecidos e prisioneiros e sobre tantas realidades que faziam o sofrimento das pessoas e das famílias”, ressaltou.
Dom José disse ainda que vivemos hoje em um tempo totalmente diferente, cuja era da tecnologia fez com que todos possam se manifestar através das redes sociais, onde não existe barreiras, isso foi um grande passo. No entanto, como o papa diz em sua mensagem, “nós podemos ter muita informação, mas interagirmos muito pouco, onde o lado afetivo acaba sendo atingido por esse excesso de informações, quando acabamos de forma individual, alimentando nosso individualismo”, sentenciou. O bispo acredita que durante a pandemia, os meios comunicação foram muito importantes para que as pessoas pudessem interagir-se com o mundo mesmo no distanciamento social.
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Foto: Neimar de Cesaro
