Cooperativa Vinícola Garibaldi encerrou 2021 com 36% de crescimento na venda de espumantes

Em entrevista à Rádio Miriam Caravaggio, o enólogo chefe da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Ricardo Morari, tratou sobre a venda de produtos para as festas de final de ano, principalmente espumantes, como também sobre o início da Safra 2021/2022. Ele avalia que 2021 encerrou com crescimento de 36% na venda de espumantes, porcentagem superior ao que estava sendo projetado pela administração.

Quanto ao movimento dos mercados, foi constatada uma antecipação na compra de espumantes. Normalmente, os lotes eram adquiridos em outubro/novembro, porém no ano passado esse movimento iniciou ainda em agosto/setembro. “Isso acaba fazendo com que o produto fique exposto por mais tempo e a recompra acaba acontecendo”, revela Morari.

As maiores vendas dos produtos Garibaldi são para os estados do sul do Brasil, ou seja, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Todos os demais estados brasileitos têm a presença da marca, também países como Chile, Canadá e alguns da Eupopa. Atualmente, a Cooperativa Vinícola Garibaldi é formada por 430 famílias associadas, que trabalham em mais de mil hectares de vinhedos, espalhados em 15 municípios da Serra gaúcha.

SAFRA 2021/2022

De acordo com Morari, já estão sendo recebidas algumas uvas comuns para suco e também para espumantes, como chardonnay, pinot noir, malvasia e moscato branco. Nesta semana inicia o recebimento de prosecco e outras uvas que estão começando a maturar. “Como para espumante nós buscamos um frescor, com um petencial de acidez mais alto, controlamos a maturação para colher sempre no ponto ideal”, explica o enólogo.

Em 2021 houve uma super safra, portanto neste ano naturalmente o volume seria menos. Com a estiagem que assola o Rio Grande do Sul, Morari prevê que a redução será ainda maior. A cooperativa tinha expectativa de colher 30 milhões de quilos em 2022. Com a quebra na produção, o montante deverá ficar entre 27 ou 28 milhões de quilos.

Em relação à qualidade, até o momento, está excelente, com exceção de alguns vinhedos que sofreram mais com a falta de chuvas. “A pouca chuva tem seu lado positivo sobre a sanidade da uva. As uvas estão maduras, estão sans e com baixíssima incidência de doenças. Os primeiros vinhos que nós estamos fazendo estão se mostrando excelentes vinhos base para espumante” revela.

Ouça a entrevista com o enólogo chefe da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Ricardo Morari:

 

Foto: Augusto Tomasi